sábado, 4 de outubro de 2008

Finlandia - Um revelar de caminhos

Para começar, aprendi na Finlândia o que ansiava há muito por aprender. A coisa crua, a base de onde tudo isto veio. Conheci-a e gostei, embora não estivesse no ponto certo, aonde pensava que estava. Humilhei-me a mim próprio pois pensei que era capaz de coisas que não fui realmente capaz de fazer. Fui até ao meu limite, e fiquei surpreso por ver que não é muito longe. Não me tomo por burro, mas por idiota. Os treinos que outrora fazia não são nada comparados com os que tenho agora que enfrentar. Foram-me dadas directrises, planos e conhecimentos que nunca esperava obter. Senti-me fraco, apesar de não ter ficado em "ultimo" mas porque pensava que era capaz de mais.

Foi com agrado que ouvi o Chau dizer-me que tenho que "crescer no treino". Puxar por mim e pelos outros. Foi com agrado que ouvi dizer-me que tenho o espirito, mas tenho ainda que viver a arte.

A arte tem um nome "l'art du deplacement". Podes chamar-lhe o que quiseres, mas é isso que vives, ou pensas viver. Levei um sério choque emocional lá, aprendi a conhecer-me melhor, e vi o quanto é importante o grupo, a união, pois é ela que te faz dar mais aquele passo com as mãos já cheias de sangue.
Senti lá uma coisa que nunca sentira, que não estava sozinho. Que treinava com e para alguém, mesmo que nem conseguisse decorar o seu nome.

Desde então tenho tido dificuldades nos treinos, sinto que sozinho doi mais, como o vigroux disse uma vez " sozinho não se encontra o caminho ", não me sinto desesperado, mas é um obstáculo que tenho que ultrapassar, pois aqueles que estão dispostos a percorrer esse caminho comigo estão bem longe.

Uma das coisas que vi e presenciei, foi a preparação. Se queres treinar drops, treina saltar escadas, se queres fazer planches, treina elevações, tudo tem o seu percurso. A sua vez de existir. O que vejo em Portugal é jovens a suicidar-se aos poucos. A ficarem com lesões permanetes à tenra idade, vejo desgraça.

O que apenas eu tento fazer é prevenir isso, tenho o conhecimento e por isso tenho a responsabilidade de o destribuir quando vejo que o que fazem está errado.


Treinador? Eu, ainda não, dou instrução, encaminho o pessoal mais nada. Dinheiro? Sé se for a gasolina que eu pago.

Quanto a discórdias? Existe uma coisa chamada espanto, não acreditavam que eu era homem de palavra, e que iria fazer as coisas mudarem, substimaram aqueles que lhes oposeram. Parabéns para todos aqueles que o fizeram.

Bem, para já é tudo. Um abraço.

Deixo video: